Em 2019, o prefeito do município de Taquari, no Rio Grande do Sul, era Emanuel Hassen de Jesus, conhecido por Maneco Hanssen, e o vice-prefeito era André Brito, ambos eleitos em 2016.
O vice-prefeito André Brito em 2019 tinha excelente relação pessoal, administrativa e política com o então prefeito Maneco Hanssen. Tudo o que acontecia no município de Taquari, a dobradinha Maneco-Brito tinha conhecimento. Era o que os moradores eleitores dessa cidade do Vale do Taquari esperavam desses políticos nos cargos de prefeito e vice-prefeito (2017-2020) no município de Taquari.
Essas duas autoridades do município de Taquari tiveram conhecimento, em fevereiro de 2019, de que a empresa privada SUSTENTARE SANEAMENTO S.A. tinha muito interesse de instalar um aterro sanitário na cidade onde governavam, no Vale do Taquari, no Terceiro Vale Mais Fértil do Mundo.
O então prefeito Maneco Hassen e o seu vice-prefeito André Brito omitiram as informações sobre o aterro sanitário, notícias importantíssimas para todos os moradores da cidade de Taquari, sem dar conhecimento público entre 2019 e 2020 de que a SUSTENTARE SANEAMENTO S.A. recebeu duas declarações da Prefeitura de Taquari para pudesse apresentar na FEPAM-RS e assim iniciar o licenciamento ambiental do aterro sanitário na localidade de Amoras no município de Taquari/RS.
Os moradores de Taquari só foram noticiados de que iriam instalar esse empreendimento em Amoras, no “Vale do Taquari, O Terceiro Mais Fértil Do Mundo”, em 05/02/2022, ou seja, mais de 2 anos após o primeiro protocolo de um requerimento da empresa privada SUSTENTARE na Prefeitura, que à época já demonstrava interesse na construção de uma central de tratamento de resíduos no município.
E o prefeito Emanuel Hassen de Jesus tinha total conhecimento desse interesse privado, em 19/02/2019, e não fez qualquer divulgação aos moradores de Taquari sobre a possível instalação de um aterro sanitário no município, empreendimento com alto potencial poluidor.
E não era apenas um aterro sanitário para destinar o lixo de Taquari. Era um empreendimento com capacidade de enterrar 7 milhões de toneladas de lixo em uma área que após se mostrou ser imprópria. Um enorme desgaste para os moradores e para a administração pública municipal de Taquari.
Em 2021, assumiu o prefeito André Brito, que era vice-prefeito em 2019, na gestão do prefeito Emanuel Hassen de Jesus.
E por mais de 12 meses o prefeito André Brito deixou de fazer uma “consulta popular com os moradores de Taquari”, para conhecer as suas manifestações sobre a cidade vir a receber um aterro sanitário com capacidade de armazenar 1.000 toneladas de lixo por dia, resíduos sólidos domiciliares e públicos de Taquari e de 35 cidades do “Vale do Taquari, o Terceiro Mais Fértil Do Mundo”. Com isso o prefeito de Taquari estendeu o desgaste político e dos moradores, por mais de 12 meses, sem dar qualquer notícia sobre Taquari vir a receber um aterro sanitário que seria capaz de armazenar 7 milhões de toneladas de lixo em Amoras.
O sonho da SUSTENTARE e de alguns políticos locais para a construção de um aterro sanitário de grande porte, de alto potencial poluidor, acabou após pressão dos moradores.

Um parecer técnico do biólogo Jackson Muller contratado no governo do prefeito André Brito foi fulminante para acabar com o sonho de instalar um aterro sanitário em Amoras.

A área é imprópria para enterrar lixo, e tem 15 nascentes e uma cascata de água cristalina, que se provou ser inadequada para a construção de um aterro sanitário metropolitano de alto potencial poluidor.

Os vereadores Aldo Gregory, Ana Paula Nunes Arnt, José Harry Saraiva Dias, Luiz Henrique de Quadros Porto, Maria do Carmo da Silva Santos e Sergio Diogo Duarte Pereira, aprovaram o Projeto de Lei nº 5.550/22 que “Proíbe a instalação de aterro sanitário no Município de Taquari”, em 15 de março de 2022.
Moradores de Taquari foram contra a instalação de aterro sanitário no município do Vale do Taquari, o Terceiro Mais Fértil do Mundo.

