CGR VEOLIA UM CENTRO DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS PRODUTOR DE ALIMENTOS PARA BANQUETES DE URUBUS EM BIGUAÇU/SC

FOTO-1.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC - Imagem de 29/02/2024. Mostra o banquete de Urubus em cima do lixo. Uma vergonha!!!

Lixo a céu aberto no topo do aterro sanitário da Veolia Environnement, no município de Biguaçu, em Santa Catarina, em uma grande extensão de área próxima a 300m X 250m (total de 75.000 m²), um pouco menor que as medidas de um “campo de futebol”, tamanho oficial de 317m x 279m (de 88.443 m²). A área do lixão sobre o aterro sanitário administrado pela Veolia Environnement é 13.443 m² menor que o campo de futebol do Maracanã no Rio de Janeiro.

E ninguém vê esse monumental lixão? Onde está a fiscalização do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA)? Aliás não é só nesse empreendimento que se identifica as omissões da fiscalização do IMA.

Em relação a esse “lixão” em cima do aterro sanitário da Veolia Environnement, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina não viu nada?

Basta ler a LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021 com 20 páginas, arquivada no IMA, que informa que o empreendimento está em nome da razão social PROACTIVA Meio Ambiente Brasil Ltda, uma empresa da Veolia Environnement, que tem por atividade principal a “Disposição Final de Rejeitos Urbanos em Aterros Sanitários”, que ser localizado na Coordenada Plana UTM X 733737.662923279 – UTM Y 6971360.32356129.

FOTO-2.A.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021 com 20 páginas, arquivada no IMA.
FOTO-2.A.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021 com 20 páginas, arquivada no IMA.

O empreendimento que tem por administradora a Veolia Environnement trata de um aterro sanitário com sistema de valas e/ou células para recebimento de resíduos. A área de operação (licenciada) é de 862.273,69 m². O aterro recebe aproximadamente 1.500 toneladas por dia de resíduos classificados majoritariamente como não perigosos não inertes e não perigosos inertes (Classe II-A e II-B respectivamente, conforme a Norma ABNT NBR 10004). Os resíduos são originados principalmente de serviços de limpeza pública de municípios da região da grande Florianópolis inclusive os resíduos sólidos urbanos da Capital de Santa Catarina, e secundariamente de origem comercial e industrial. A operação do aterro é administrado pela Veolia Environnement e realizada 24 horas por dia, sete dias por semana.

O grupo Veolia Environnement ambiciona tornar-se a empresa de referência da transformação ecológica. Presente nos cinco continentes, a Veolia Environnement concebe e implementa soluções úteis e concretas para a gestão da água, resíduos e energia. Com suas três atividades complementares, a Veolia contribui ao desenvolvimento do acesso aos recursos, à preservação e renovação dos recursos disponíveis. No ano de 2022, a empresa Veolia Environnement valorizou 61 milhões de toneladas de resíduos no mundo.

Em 2024 a Veolia Environnement começou muito mal em Biguaçu, em Santa Catarina, no Brasil.

O aterro sanitário administrado pela Veolia Environnement deve gerar nos quatro anos do prazo de validade da LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021, o total de mais de 1 bilhão (1.036.800.000) de litros de efluente tóxico de chorume de aterro sanitário, que é lançado no rio INFERNINHO, curso d’água hoje denominado rio QUINTA DOS GANCHOS, o qual tem a sua foz no Oceano Atlântico.

É bom lembrar que esse aterro sanitário, conhecido lá atrás por Tijuquinhas, foi palco de investigação da Polícia Federal por omissão de fiscalização de irregularidades no empreendimento em Biguaçu/SC. O nome dado a essa Operação é Dríade.

Em outubro de 2007, a Polícia Federal começou as investigações de crimes a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que seriam praticados por empresários, com o apoio de funcionários públicos estaduais e municipais, “que teriam se omitido na fiscalização de irregularidades no aterro sanitário no município e emitido laudos falsos que permitiram a expedição de licenças irregulares para empreendimento aterro sanitário Tijuquinhas em Biguaçu.”

O leitor pode acessar a matéria que tem por título “Empresários e funcionários públicos são presos em operação da PF”, grupo estaria envolvido com emissão de licenças ambientais irregulares. Agentes prenderam 13 pessoas em Santa Catarina e São Paulo. Publicado no Globo/G1 em 17/09/2008 e que pode ser acessado aqui.

Esse aterro sanitário Tijuquinhas é hoje o pomposo CGR VEOLIA ou Centro de Tratamento de Resíduos de Biguaçu.

Em Santa Catarina, o grupo Veolia Environnement administra três Centros de Gerenciamento de Resíduos (CGR) localizados nas cidades de Biguaçu, Blumenau e Brusque. Nos últimos anos, a Veolia Environnement adquiriu as empresas Proactiva, Recicle, CRS e GETAL, que já operavam na região de forma efetiva.

A Veolia Environnement gerencia e trata os resíduos no mundo nesta ordem hierárquica: redução, reutilização, reciclagem, valorização energética e deposição em aterros.

Mas quando se trata do Brasil, de Santa Catarina, em Biguaçu, o que se vê é o desleixo por parte da Veolia Environnement com a saúde pública de moradores desse município catarinense e daquelas pessoas que transitam pela BR -101, em direção ao Norte e Sul.

Em 25 de setembro de 2009, o adm. Enio Noronha Raffin fez imagens aéreas no aterro sanitário de Tijuquinhas, instalado desde 1991 no município de Biguaçu, em Santa Catarina, empreendimento à época de titularidade da empresa privada PROACTIVA.

Esse empreendimento está a menos de 500 metros do rio Inferninho, nas coordenadas de 27º 21’47 17” S e 48º 38’15 52” O do Google Earth. Hoje conhecido por rio Quinta dos Ganchos, o rio Inferninho cruza a BR-101 e tem a sua foz, ponto de desaguamento no mar, no Oceano Atlântico, quase ao lado do Canto dos Ganchos, em Governador Celso Ramos/SC.

Sugerimos acessar a matéria com o título “Aterro Sanitário de Tijuquinhas em Biguaçu/SC”, publicada no Blog Rede Os Verdes de Comunicação” na data de 2 de outubro de 2009 que pode ser lida aqui.

Quatorze anos após a primeira visita externa ao aterro sanitário de Tijuquinhas, o adm Raffin foi novamente visitar externamente esse empreendimento, em 29/02/2024.

Hoje o aterro sanitário de Tijuquinhas passou a ser chamado pelo nome de Centro de Gerenciamento de Resíduos – CGR VEÓLIA, que está à beira do “rio Ponta dos Ganchos”, distante menos de 500 m do curso d’água.

É importante mencionar que o “EFLUENTE DE CHORUME TRATADO NÃO ELIMINA 100% O SEU POTENCIAL POLUIDOR”.

O lançamento de mais de um bilhão de litros de efluente tóxico de chorume de aterro sanitário, nos quatro anos do prazo de validade da LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021, ocorre no rio Inferninho (rio Quinta dos Ganchos) que deságua no Oceano Atlântico.

Foz do rio Inferninho ou rio Quinta dos Ganchos sem Governador Celso Ramos

E o que mudou? Mudou o nome de aterro sanitário Tijuquinhas para centro de gerenciamento de resíduos VEOLIA. A titularidade passou da Proactiva para a VEOLIA. A montanha de lixo em Biguaçu aumentou significativamente com a destinação de 1.500 toneladas diárias de resíduos sólidos urbanos no CGR VEOLIA. Já o Meio Ambiente podemos dizer que piorou muito. Hoje há lixo descoberto, o “fedor” do lixo destinado no aterro sanitário CGR VEOLIA se identifica na estrada nacional BR-101.

Com o lixo a céu aberto no centro de tratamento de resíduos no município de Biguaçu, o que se vê é uma enorme nuvem de urubus com “olhos para os alimentos”, um banquete produzido no empreendimento CGR VEOLIA.

Urubus são aves saprófagas que apresentam características peculiares decorrentes das adaptações ao hábito de se alimentarem principalmente de carne em putrefação.

Nas imediações do CGR VEÓLIA em Biguaçú/SC, o verde da paisagem e o azul do céu servem de pano de fundo para milhares de urubus que estão por todos os lugares, inclusive já utilizando o Contorno Viário da Grande Florianópolis.

Essas aves carniceiras pousam nos postes de iluminação do Contorno Viário da Grande Florianópolis, também na avenida Quinta dos Ganchos, transformando o local numa área que ninguém gostaria de passar. Uma vergonha!!!

O Instituto do Meio Ambiente (IMA) de Santa Catarina nada vê, se omite em fazer uma profunda fiscalização nesse aterro sanitário. Caso de suspensão da operação de recebimento de lixo no CGR VEOLIA.

Consta na LICENÇA AMBIENTAL DE OPERAÇÃO N° 378/2021 do aterro sanitário administrado pela Veolia, página 16 de 20, onde pode se ler “7. Manter a frente de trabalho reduzida, com compactação e recobrimento adequado diário. Deverá ser executada camada de cobertura sanitária diária da frente de trabalho com solo ou material inerte. Assim, enquanto não for realizado o encerramento definitivo da célula/vala, essa deve receber recobrimento temporário com material adequado que promova o isolamento constante, evitando assim a emissão de odores, proliferação de animais/vetores e diminuição da geração de chorume”. E a fiscalização do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina não enxerga os ilícitos no CGR VEOLIA?

Uma imagem vale mais que mil palavras. Expressão popular de autoria do filósofo chinês Confúcio, utilizada para transmitir a ideia do poder da comunicação através das imagens. Confúcio cujo seu verdadeiro nome era Chiu Kung viveu entre 552 e 479 A.C. Ficou conhecido como o Mestre Kung, devido aos seus sábios provérbios.

FOTO-3.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Nuvem de urubus sobre o aterro sanitário administrado pela VEOLIA em Biguaçu, em Santa Catarina.
FOTO-4.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Urubus sobrevoam o aterro sanitário em busca de alimentação. Lixo a céu aberto tem farta alimentação para os urubus que fazem um banquete em Biguaçu.
FOTO-5.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Vista do aterro sanitário administrado pela Veolia e uma nuvem de urubus com olhos voltados para os alimentos do banquete em Biguaçu.
FOTO-6.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Urubus pousados em cercas de áreas da região do CGR VEOLIA preparando voos sobre o aterro sanitário em Biguaçu.
FOTO-7.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC Urubus se reúnem em área para descansar dos voos sobre o aterro sanitário onde buscaram alimentos.
FOTO-8.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Urubus na pista da avenida Quinta dos Ganchos lindeira ao aterro sanitário em Biguaçu em Santa Catarina.
FOTO-9.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Os urubus “enfeitam” os postes de iluminação da avenida Quinta dos Ganchos no Contorno Viário da Grande Florianópolis, a maior obra de engenharia em execução no Brasil, com previsão de entrega em julho de 2024.
FOTO-10.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Os urubus que se alimentam no aterro sanitário administrado pela Veolia “decoram” os postes de iluminação da avenida Quinta dos Ganchos em Biguaçu.
FOTO-11.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Urubus prontos para pousarem no aterro sanitário da Veolia e se alimentarem da farta comida disposta com o lixo a céu aberto em Biguaçu/SC.

O significado deste ditado “Uma imagem vale mais que mil palavras” está relacionado com a facilidade em compreender determinada situação a partir do uso de recursos visuais, ou a facilidade de explicar algo com imagens, ao invés de palavras (sejam escritas ou faladas). Atualmente, esta é uma frase muito explorada pela publicidade e propaganda, no sentido de ser a comunicação visual muito mais apelativa e explicativa do que a descrição ou narração de fatos.

FOTO-12.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Imagem de 29/02/2024. Mostra lixo a “céu aberto”. Uma enorme área próxima a 250 m X 100 m. Um escândalo!!!
FOTO-13. CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Imagem de 29/02/2024.
FOTO-14.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Imagem de 29/02/2024. – Os urubus aguardam o trator que espalha e compacta o lixo na área do lixão no topo do aterro sanitário. O lixo a céu aberto é maior, muito maior, que a frente de trabalho desse empreendimento. Quase do tamanho do campo de futebol do Maracanã.
FOTO-15.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Drone capta o lixão em cima do aterro sanitário administrado pela Veolia.
FOTO-16.CGR VEOLIA-BIGUAÇU-SC – Drone capta o lixão em cima do aterro sanitário administrado pela Veolia. Imagem de 29-02-2024

Certamente o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina vai tomar providências e fiscalizar o CGR VEOLIA. Ou não?

 

 

 

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