Foto: Pedreira Boscardin, em Ponta Grossa, onde pretendem construir um mega aterro sanitário de grande porte para o recebimento de lixo domiciliar e público de dezenas de municípios do Paraná.
A Princesa dos Campos é a denominação carinhosa de Ponta Grossa, município brasileiro do estado do Paraná. É o quarto mais populoso município paranaense, com 391.654 habitantes, conforme estimativa do IBGE publicada em 2023. Sua área é de 2.054,732 km². A distância rodoviária até Curitiba, capital administrativa estadual, é de 103 quilômetros.
A região de Bocaina na Princesa dos Campos poderá deixar de ser um paraíso rural, e vir a receber mais de 7.000.000 (sete milhões) de toneladas de lixo em 15 anos, sem considerar hoje os aumentos futuros na capacidade de recebimento de resíduos em aterro sanitário, empreendimento o qual pretendem implantar nessa localidade considerada virgem e intocável em relação a destinação final de resíduos.
Lá em Bocaina, em Ponta Grossa, não há um aterro sanitário. Mas, se nada for feito, essa localidade poderá deixar de ser intocável e virgem em relação ao lixo. E no prazo de 15 anos serão mais de 7.000.000 (sete milhões) de toneladas de lixo enterradas na Princesa dos Campos.
Coitada de Ponta Grossa! Ficou livre do malfadado aterro sanitário do Botuquara (operações encerradas/FECHADO), e a seguir os moradores acreditavam que estariam livres do lixo para sempre.
Mas repentinamente, novamente, o LIXO “bate a porta” da Princesa dos Campos, e o município de Ponta Grossa passa a ser alvo de um mega aterro sanitário de porte grande, empreendimento privado, particular.
Um Aterro Sanitário de Grande Porte, empreendimento com capacidade para receber mais de 7 milhões de toneladas de lixo de outras cidades do Paraná, por no mínimo 15 anos, está prestes de obter uma licença ambiental do Instituto Água e Terra (IAT), processo que está sendo questionado por moradores e agora por profissionais e especialistas em resíduos sólidos.
O IAT é o antigo Instituto Ambiental do Paraná, mais conhecido pela sigla IAP, órgão do Governo do Estado do Paraná, instituto público envolvido em diversas ocorrências por improbidade administrativa e corrupção, que pode ser lida aqui na matéria do “g1” da Globo, que tem por título “Ex-presidente do Instituto Ambiental do Paraná perde função pública” e ainda pode ser lida uma segunda matéria, essa publicada pela Gazeta do Povo, que tem por título “Ex-presidente do IAP é denunciado pelo MP por corrupção passiva” e que os leitores podem acessar aqui.
A licença ambiental prévia e de instalação, eventualmente a serem concedidas pelo IAT para a empresa titular desse aterro sanitário de grande porte, é para que seja implantado o empreendimento a 9 km da rodovia BR 373 – KM 180 – Fazenda Sagrado Coração, Distrito de Periquitos, Ponta Grossa, Estado do Paraná.
O Aterro Sanitário de Grande Porte, denominado inicialmente de ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, previsto para ser implantado no distrito de Periquitos, na região de Bocaina, em Ponta Grossa, é de titularidade da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA., CNPJ: 26.393.096/0001-99, companhia essa que tem por sócia a MTX Ambiental LTDA., CNPJ: 0763207000010 de titularidade do empresário Ademar Luiz Traiano Junior, que vem a ser o principal sócio e administrador.
Está previsto pelo empresário Ademar Luiz Traiano Junior e sócios da MTX Ambiental LTDA., empresa que por sua vez vem a ser sócia da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA. titular do empreendimento, para que o Aterro Sanitário de Grande Porte, na Princesa dos Campos, possa vir a receber diariamente o total de 1.313 toneladas de resíduos domiciliares, comerciais e públicos, sendo os classificados como Classe II A – não inertes e Classe II B – inertes.
A previsão da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA. é de enterrar no Aterro Sanitário de Grande Porte, no ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, em Ponta Grossa, milhões de toneladas de Resíduos domiciliares, Resíduos comerciais, oriundos de restaurantes, lojas, mercados e supermercados, escritórios, hotéis, Resíduos de serviços municipais, resultantes de manutenção de jardins, praças públicas, áreas de recreação, varrição de ruas, limpezas de feiras, bocas de lobos, Resíduos industriais semelhantes aos domiciliares, Resíduos institucionais, originados em escolas e demais instituições governamentais e Resíduos de serviços de saúde previamente tratados como cinzas, escórias ou aqueles submetidos à desinfecção, por 15 anos no mínimo como previsto no PROCESSO de licenciamento ambiental que tramita no IAT.
O cálculo para definir a capacidade de recebimento de lixo no aterro sanitário de grande porte, as mais de 7.000.000 milhões de toneladas de resíduos que poderão ser enterradas na Princesa dos Campos, se dá por meio do dimensionamento desse empreendimento, do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, que foi previsto em função da área disponível para a sua construção, projetadas para cinco fases de implantação. O Total da Fase 01 + Fase 02 + Fase 03 + Fase 04 + Fase 05 é igual a 11.502.400,40 m3 de lixo no aterro sanitário de grande porte.
A área total projetada para a construção das cinco fases de células de destinação final é de 302.068,55 m2, bem como da conformação geométrica encontrada para garantir a estabilidade geofísica do aterro o volume total de disposição final calculado foi de 11.502.400,40 m3.
Sabendo-se que aterros sanitários que possuem a compactação do lixo e atingem a densidade de 0,70 toneladas/m3 de resíduos aterrados, e com os dados acima, se chega a capacidade de recebimento de resíduos no empreendimento igual a 1.313 toneladas/dia, que em 30 dias corresponderá ao total de 39.390 toneladas por mês, e em 12 meses a 472.680 toneladas por ano e no prazo mínimo de 15 anos serão 7.090.200 toneladas de lixo enterradas na Princesa dos Campos, em uma pedreira denominada Boscardin.
Moradores da comunidade rural da localidade de Bocaina, em Ponta Grossa, estão unidos contra a implantação desse Aterro Sanitário de Grande Porte do empresário Ademar Luiz Traiano Junior e sócios da MTX Ambiental LTDA., empresa que por sua vez é sócia da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA., e afirmam que esse empreendimento trará prejuízos ao meio ambiente local e para os proprietários de terras nessa área rural de Bocaina e nos seus AGRONEGÓCIOS.
O EIA-RIMA. sigla para Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental é estarrecedor!!! Esses, respectivamente, são documentos direcionados à sustentabilidade, e que visam avaliarem e precisarem a intensidade e dimensão do impacto no meio ambiente do empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS.
Consta na página 291, do EIA-RIMA do Aterro Sanitário de Grande Porte, do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, que “a circulação de veículos e maquinários essenciais para implantação do empreendimento (leia-se aterro sanitário de grande porte), mesmo que não ocorra de forma intensa, poderá causar acidentes envolvendo a população residente no entorno próximo, ou com os próprios trabalhadores da obra e operação do empreendimento”.
Ora, querem construir um empreendimento aterro sanitário na localidade de Bocaina, em Ponta Grossa, que vai colocar em risco de acidentes, talvez até com mortes, de moradores que hoje estão livres dessas ocorrências. Isso é inadmissível!!!
É importante lembrar que acidentes ocorrem em aterros sanitários. Um exemplo recente, o derrame de células de resíduos domiciliares do aterro sanitário da ESTRE AMBIENTAL S.A. EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, que teve ocorrência de morte de operador de máquina, quando esse trabalhador atuava em cima do empreendimento, matéria que o leitor pode acessar a informação aqui a matéria que tem por título “Corpo de operador de retroescavadeira soterrado em aterro sanitário de Fazenda Rio Grande é encontrado, diz Defesa Civil”., e ver o vídeo aqui
Um vídeo mostra o derrame de células de lixo no aterro sanitário da ESTRE AMBIENTAL S.A. EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, localizado em Fazenda Rio Grande, no Paraná, que os leitores podem assistir aqui.
As informações no EIA-RIMA que fazem parte do PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL DO ATERRO SANITÁRIO DE GRANDE PORTE denominado ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, que tramita no IAT do Governo do Paraná, mostram não só os aspectos negativos a serem causados no Meio Ambiente da Princesa dos Campos, mas apontam monumentais “prejuízos aos donos de terras” na localidade de Bocaina, e por consequências nos seus “AGRONEGÓCIOS”, e outros problemas decorrentes com a instalação desse empreendimento privado, como o ar que os moradores poderão vir a respirar, após eventualmente quando esse aterro sanitário de grande porte estiver operando. e recebendo diariamente toneladas de lixo.
O cheiro do lixo na região da Bocaina na Princesa dos Campos será insuportável.
A trafegabilidade de centenas de caminhões carretas carregadas com lixo e caminhões coletores de resíduos vão ser flagrantes na região.
Na página 293, do EIA-RIMA do Aterro Sanitário de Grande Porte, empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, consta que “de posse das licenças ambientais e realizada a audiência pública existirá o entendimento dos moradores vizinhos acerca do projeto”, fato que está sendo questionado.
Não há o entendimento, ou acerto, dos moradores vizinhos da área do aterro sanitário de grande porte, acerca do projeto do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, empreendimento que pretendem instalar em uma pedreira na Princesa dos Campos.
A “audiência pública” para apresentação desse empreendimento aterro sanitário de porte grande aos moradores de Ponta Grossa é também questionada pelos moradores.
Esse evento realizado em 04/10/2022, que tratou da audiência pública de apresentação do PROJETO DO ATERRO SANITÁRIO DE GRANDE PORTE, em Ponta Grossa, foi realizada às pressas dentro de um hotel de luxo em Ponta Grossa, o Hotel Bourbon, classificação 5 Estrelas, localizado na Rua Jacob Holzmann, 219 – Olarias, Ponta Grossa – PR, Cep 84035-300.
A “audiência pública” contou com chamamento de interessados e moradores da localidade de Bocaina, por meio de “alto falante” em carro de som, que supostamente teria percorrido estradas da Princesa dos Campos, que ninguém viu o veículo ou ouviu o SOM da convocação. Inacreditável!
Carro de som para promover o convite para uma “audiência pública”, que envolve empreendimento que pode vir a faturar mais de R$ 1 bilhão (um bilhão de reais) é chacota com os moradores de Ponta Grossa.
Certamente realizar uma “audiência pública” em hotel de luxo, com chamamento via carro de som é uma desconsideração com os moradores da Princesa dos Campos.
O evento ocorreu no Bourbon Ponta Grossa Convention Hotel, que oferece além de suítes a preços de R$ 480,00 por uma diária, que disponibilizou a estrutura para a “audiência pública”, tudo pago pela empresa do empresário Ademar Luiz Traiano Junior e seus sócios.
Esse hotel de luxo está localizado a 18 minutos do Aeroporto Comandante Antônio Amilton Beraldo.
Ora, com certeza absoluta não é a melhor indicação para realizar um evento de apresentação de um aterro sanitário de grande porte na Princesa dos Campos, em um hotel de luxo.
Esse local não foi o mais apropriado para a “audiência pública” da apresentação desse empreendimento, que gerou a ausência de moradores de localidade de Bocaina, muito distante do hotel de luxo.
A distância da localidade de Bocaina, em Ponta Grossa, tendo por ponto de referência a Pedreira Boscardin, onde pretendem instalar o aterro sanitário de grande porte, e o hotel de luxo – Bourbon também em Ponta Grossa, onde realizaram uma “audiência pública”, é de 15 km, o que contribuiu para a ausência de moradores diretamente interessados e contrários ao MEGA ATERRO SANITÁRIO.
Esqueceram que existe a CASA DO POVO, a Câmara Municipal de Ponta Grossa para realizar a “audiência pública”. Local que todos os moradores de Ponta Grossa conhecem. Esse é o consenso dos moradores da localidade de Bocaina, que se sentiram prejudicados com o evento realizado em hotel 5 estrelas, que inibe grande parte das pessoas, por seu um hotel de luxo. No luxo para tratar do lixo!!! Inacreditável!!!
Diz ainda a empresa privada do empresário Ademar Luiz Traiano Junior, conforme consta na mesma página 293 do mesmo EIA-RIMA do Aterro Sanitário de Grande Porte, do empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, que “alguns proprietários poderão sentir-se prejudicados ou futuramente afetados levando a vender as terras” e se o impacto ocorrer, é a médio prazo e irreversível”.
Ora, a empresa privada que busca dinheiro, visa o lucro no lixo, se instala na localidade de Bocaina, na Princesa dos Campos, e o seu empreendimento acarreta a desvalorização de terras de proprietários que lá adquiriam seus imóveis naquela região de Ponta Grossa, áreas essas obtidas também com o suor de seus trabalhos dignos, ou heranças de fazendeiros que desbravaram as terras de Bocaina, e tudo aponta que com a implantação do MEGA ATERRO SANITÁRIO PRIVADO de GRANDE PORTE, o ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, em uma pedreira em Ponta Grossa, irá causar monumentais prejuízos aos AGRONEGÓCIOS existentes, e prejuízos pecuniários das áreas de terras das fazendas locais, as quais não terão o mesmo valor após a implantação desse mega empreendimento.
Nessas condições, declarar que o empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, vai fazer com que “alguns proprietários poderão sentir-se prejudicados ou futuramente afetados levando a vender as terras”, é no mínimo um acinte, uma ação praticada com premeditação, de caso pensado, para gerar prejuízo pecuniário aos moradores da localidade de Bocaina, em Ponta Grossa. Pensam em si próprios os donos do pretendido aterro sanitário na pedreira Boscardin.
Os bens particulares das pessoas donas de áreas de terras, na localidade de Bocaina, em Ponta Grossa, estão acima de qualquer empreendimento privado, e acima de um MEGA ATERRO SANITÁRIO de GRANDE PORTE, particular, cujos empresários buscam dinheiro, visam o lucro no lixo, e que acabam desvalorizando as terras na Princesa dos Campos.
No EIA-RIMA do empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, em Ponta Grossa, não tem previsão de DESAPROPRIAÇÃO de áreas de terras. Portanto, o empresário Ademar Luiz Traiano Junior e sócios da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA. não pretendem indenizar os proprietários de terras pela desvalorização de suas áreas em Bocaina e no entorno de aterro sanitário de grande porte, onde esses moradores mantém seus AGRONEGÓCIOS para as suas sobrevivências e de suas famílias.
A própria empresa dona do empreendimento ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS afirma em seu EIA-RIMA, que proprietários se sentirão obrigados a vendê-las, certamente com enormes prejuízos e irreversíveis, em decorrência desse empreendimento particular aterro sanitário de grande porte que vai gerar um lucro bilionário ao empresário Ademar Luiz Traiano Junior e seus sócios.
Significa, certamente, que deve ser considerado desde hoje que haverá litígios e judicialização desse ATERRO SANITÁRIO PRIVADO DE GRANDE PORTE, por parte da coletividade, que vai ao Ministério Público do Estado do Paraná, e lá consolidar o protocolo de uma representação contra esse mega empreendimento na Princesa dos Campos.
E a seguir, vem naturalmente a judicialização no Tribunal de Justiça do Paraná, de proprietários de terras que vão ter seus bens, talvez únicos bens, bens de famílias desvalorizados pela instalação do aterro sanitário de grande porte da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA. que tem por principal sócio o empresário Ademar Luiz Traiano Junior.
E o IAT vai aceitar isso? O Ministério Público do Estado do Paraná vai aceitar que pessoas em uma coletividade sejam tratadas dessa forma, prejudicadas, e que seus bens particulares sejam desvalorizados?
A coletividade de Ponta Grossa não pode ter prejuízos ambientais, de saúde pública, e seus moradores e proprietários de áreas de terras não podem ser prejudicados financeiramente com a instalação desse Aterro Sanitário de Grande Porte em Ponta Grossa, que implantado trará certamente “riscos de acidente e morte” de pessoas que lá hoje vivem há muito tempo, conforme descrito no EIA-RIMA do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS e prejuízos ao Meio Ambiente local.
O acidente no aterro sanitário da ESTRE AMBIENTAL S.A. EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, com o derrame de células de resíduos desse empreendimento operando em Fazenda Rio Grande, causou não só a morte de um operário de máquina, mas provocou a proliferação do cheiro de lixo podre, que os ventos espalharam pela cidade de Fazenda Rio Grande, de Mandirituba e certamente em lugares longínquos no Paraná. O Meio Ambiente no município de Fazenda Rio Grande foi prejudicado, afetado, pelo derrame do lixo.
O valor bilionário do lucro previsto no Aterro Sanitário de Grande Porte é escondido da população de Ponta Grossa. Não há informação no EIA-RIMA. Vejamos.
Se tem por exemplo, o município de Bauru, em São Paulo, que afirma que recebeu proposta de preço para a destinação final de resíduos em aterro sanitário no valor correspondente a R$ 205,00 (duzentos e cinco reais) por tonelada enterrada em aterro sanitário, que o leitor pode conhecer detalhes aqui.
Significa, que o total de 7.090.200 toneladas de lixo enterradas no MEGA ATERRO SANITÁRIO, conforme consta no EIA-RIMA do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA., que tem por sócia a MTX Ambiental LTDA., considerando o preço do município de Bauru/SP, no valor de R$ 205,00 a tonelada de resíduo destinada em aterro sanitário, vai possibilitar um faturamento bilionário correspondente a R$ 1.453.491.000,00 (um bilhão e quatrocentos e cinquenta e três milhões e quatrocentos e noventa e um mil reais) no prazo de vida útil de 15 anos na pedreira Boscardin, valor esse que somente irá favorecer os bolsos do empresário Ademar Luiz Traiano Junior e de seus sócios, e suas famílias, sem considerar eventuais aumentos de preços e reajustes econômicos.
A explicação de que há recolhimentos de encargos ao município de Ponta Grossa, e que vai gerar empregos e renda local, não é tudo para quem se sentirá prejudicado em ser obrigado a CONVIVER COM O LIXO por pelo menos 15 anos, RESPIRAR AR com CHEIRO DE LIXO, de riscos com a SAÚDE PÚBLICA, já que aterros sanitários são focos de vetores, entre esses o “urubu”, que come carniça e putrefatos e prejuízos com o Meio Ambiente local.
As imagens acima dizem tudo.
Certamente serão mais de R$ 1,5 bilhão de faturamento com o empreendimento MEGA-ATERRO SANITARIO ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, e que em decorrência do lucro de uns poucos vai colocar em prejuízo os patrimônios de outros, acarretando as desvalorizações de terras de proprietários que lá adquiriam seus imóveis naquela região de Ponta Grossa.
E o coletivo terá certamente o monumental passivo ambiental da decomposição de resíduos por longos anos, que vai ocorrer no Meio Ambiente da Princesa dos Campos.
Coitada de Ponta Grossa! Em pensar que um dia fechou o aterro sanitário de Botuquara, e que hoje exporta seus resíduos sólidos domiciliares e públicos, ditos urbanos, para o município de Teixeira Soares, no Paraná, para a destinação final no aterro sanitário denominado CTR VILA VELHA, da empresa ZERO RESÍDUOS, uma companhia do portfólio do Grupo Philus, é voltar ao passado, retornar a conviver com o lixo na Princesa dos Campos, dessa vez com um aterro sanitário de grande porte, que pretende enterrar mais de 7.000.000 (sete milhões) de toneladas de lixo de outros municípios do Paraná na localidade de Bocaina.
E não é só em Ponta Grossa que esse empreendimento privado, aterro sanitário ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS, da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA., que tem por sócia a MTX Ambiental LTDA., que pretendem construir na localidade de Bocaina, na Princesa dos Campos, que vai refletir a eventual operação do empreendimento.
Em tese, essa operação que envolve o licenciamento ambiental do ACG AMBIENTAL CAMPOS GERAIS no IAT, visando a implantação e construção do Mega Aterro Sanitário de lixo domiciliar e público, aponta também ali adiante a eventual participação da AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA e MTX Ambiental LTDA. e consorciadas, na LICITAÇÃO PÚBLICA, na CONCORRÊNCIA pública da destinação final de resíduos sólidos urbanos do Consorcio Intermunicipal para Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos – CONRESOL, que possui 23 municípios integrantes, associados, cujo instrumento editalício foi suspenso pelo Tribunal de Contas do Paraná, e que em breve voltará a ser republicado com valores finais que vão ultrapassar R$ 4.000.000.000,00 (quatro bilhões de reais), numa concessão para a destinação final do lixo desses municípios, por longos 20 anos. Certamente o CONRESOL logo adiante irá relançar o EDITAL BILIONÁRIO desse consórcio intermunicipal público. Acredite. Em breve!
Em tese, a Princesa dos Campos poderá vir a receber o lixo de 23 municípios paranaenses integrantes do CONRESOL que tem a sua sede em Curitiba, capital do Paraná.
A distância de 103 km, entre Curitiba e Ponta Grossa, não barra a participação das empresas do empresário Ademar Luiz Traiano Junior e seus sócios na eventual CONCORRÊNCIA PÚBLICA BILIONÁRIA DO CONRESOL, já que tudo aponta para a instalação do empreendimento Aterro Sanitário de Grande Porte em Ponta Grossa e a possibilidade de construções de Estações de Transbordo de Lixo.
Curitiba e Fazenda Rio Grande, ambos municípios do Paraná, são cidades que se encontram há muito tempo sob o domínio da ESTRE AMBIENTAL S.A. EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL, detentora do mercado da coleta de lixo na Capital, e da destinação final de resíduos sólidos domiciliares e públicos, os resíduos classificados como Classe II A – não inertes e Classe II B – inertes, em Fazenda Rio Grande na região metropolitana da Capital paranaense.
Certamente o Grupo Estre é o principal interessado em se manter “dona” do mercado do lixo desses municípios e de outras 23 cidades paranaenses. Os bastidores do lixo vão ter novos desdobramentos caso se instale o mega aterro sanitário em Ponta Grossa.
Em 2018, tentaram implantar o Aterro Sanitário de Grande Porte na pedreira Boscardin em Ponta Grossa. O leitor pode acessar a matéria que tem por título “Decreto suspende licença para aterro em pedreira de PG” que pode ser lida aqui.
Tudo aponta que entidades ambientais vão buscar na Justiça do Paraná e Federal, bem como no Ministério Público do Paraná, o cancelamento desse malfadado processo de licenciamento ambiental de interesse da empresa AMBIENTAL CAMPOS GERAIS GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS LTDA., que tem por sócia a MTX Ambiental LTDA. do empresário Ademar Luiz Traiano Junior e seus sócios, e que tramita no Instituto Água e Terra, ex-IAP, do Governo do Paraná.
A luta será intensa, ou não? Todos os moradores da PRINCESA DOS CAMPOS querem que a localidade de Bocaina continue virgem e intocável para a destinação final de lixo, e que seus AGRONEGÓCIOS possam prosperar ainda mais, e suas famílias viverem com boa qualidade de vida e em paz, e que seus bens não sofram prejuízos pecuniários para que os seus herdeiros possam levar adiante a sobrevivência de suas famílias, por meio do trabalho de cada um dos moradores, sem colocar em prejuízo o Meio Ambiente de Ponta Grossa.