BOMBEIROS ENCONTRAM O CORPO DO OPERADOR DE MÁQUINA VÍTIMA NO DERRAME DO LIXO DO ATERRO SANITÁRIO DA ESTRE

Uma segunda-feira (27/06/2022) triste para a família do trabalhador João Luiz Kubis, de 42 anos, que foi soterrado no aterro sanitário CGR Iguaçu, de titularidade da empresa privada ESTRE AMBIENTAL S.A., da holding Estre Ambiental Inc, das Ilhas Cayman, empreendimento localizado no município de Fazenda Rio Grande, no Paraná, no Brasil. Triste para os amigos e colegas de Kubis e para todos nós. Perder uma vida é muito triste.

O corpo da vítima João Luiz Kubis foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros na tarde desta segunda-feira. Kubis operava uma máquina retroescavadeira de uma empresa terceirizada de construção civil, que presta serviço a Estre Ambiental S.A. em seu aterro sanitário denominado CGR Iguaçu, em Fazenda Rio Grande.

A Estre Ambiental S.A. informou que houve um “descolamento de talude em seu aterro sanitário” e que acionou o Corpo de Bombeiros e as demais autoridades responsáveis, que se deslocaram para atendimento à ocorrência.

A Prefeitura de Fazenda Rio Grande por sua vez informou que acompanha as buscas e que disponibilizou máquinas para a operação de resgate.

A Estre Ambiental S.A. divulgou uma nota na tarde desta segunda-feira:

“A Estre lamenta informar que o colaborador terceirizado de 42 anos, desaparecido desde a brusca ocorrência em seu aterro sanitário da Fazenda Rio Grande, foi encontrado esta tarde (27), sem vida, pelo Corpo de Bombeiros.

A Estre recebe a notícia com imensa tristeza, dado que a equipe é um de seus patrimônios inegociáveis e base de sustentação do negócio, e estende e compartilha as suas condolências aos familiares e amigos do profissional, a quem continuará prestando a assistência necessária.

O trabalhador atuava em uma obra no aterro, quando, no último sábado (25), infelizmente, ocorreu um deslizamento abrupto de resíduos secos na face oeste.

No monitoramento geotécnico foi detectado um ponto de atenção, tendo a área do deslocamento sido isolada para obra de reforço estrutural, conduzida com o apoio de empresas contratadas, não havendo qualquer operação de aterramento de resíduos na área no momento dessa ocorrência.

A equipe de operações já tinha sido deslocada para o lado oposto do aterro (face leste).

Um laudo preliminar elaborado pela perícia externa, contendo um primeiro diagnóstico geotécnico do ocorrido, indicou como provável causa a conjunção de três fatores:

(1) chuvas intensas e acima do padrão observadas em junho;

(2) o acúmulo de gases pela contração e umidificação das coberturas das camadas superiores;

(3) recalque diferencial (afundamento) por aumento de peso dos resíduos devido ao fluxo de água no interior do maciço (lixiviação), potencializado no centro desse flanco.

Segundo o mesmo laudo, os dispositivos de registro, medição, monitoramento, alerta e reporte sobre a estrutura do aterro estavam funcionando dentro dos parâmetros recomendados pelos órgãos competentes.

O laudo também confirma a condição de segurança da face leste do aterro, no lado oposto ao sinistro, onde encontra-se a atual frente de operações.

As medidas imediatas de contenção do impacto desse deslizamento de resíduos na face oeste do aterro estão sendo adotadas desde o último sábado.

O aterro da Estre possui licença operacional vigente, expedida pelo IAT – Instituto Água e Terra, e está cumprindo todas as condicionantes previstas na licença.

Aproximadamente 90% do volume do aterro é proveniente da coleta de resíduos sólidos urbanos do Consórcio CONRESOL (23 municípios da Região Metropolitana de Curitiba).

A Estre e seus representantes estão profundamente abalados pelo ocorrido, e farão o que estiver ao seu alcance para apoiar a família da vítima, investigar eventuais responsabilidades e contribuir com as autoridades na confirmação das causas do evento e das medidas de remediação”.

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