Há 8 anos o grupo Solvi, líder na área de tratamento de resíduos industriais no Brasil, enfrenta uma ocupação em terreno lindeiro a sua Unidade de Valorização Sustentável Essencis, na capital paranaense.
Em 2014, o ex-presidente da Associação de Moradores do Bairro da Caximba (ADECOM/CAXIMBA), e à época representante legal da OSCIP AÇÃO AMBIENTAL, atual presidente dessa Organização Da Sociedade Civil De Interesse Público, Jadir Silva de Lima conseguiu feito inédito na área do meio ambiente no Brasil.
Jadir Lima e a OSCIP AÇÃO AMBIENTAL barraram a ampliação da Unidade de Valorização Sustentável Essencis, em Curitiba, quando esse líder comunitário integrou o grupo de agentes da Justiça de Paraná, o qual compareceu na área do aterro sanitário, em 11 de novembro de 2014, para lacrar as operações do empreendimento industrial.
À época a Justiça do Paraná, por meio da juíza Luciane Pereira Ramos, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de Curitiba, determinou que a área de ampliação da Unidade de Valorização Sustentável Essencis fosse lacrada.
De novembro de 2014 a agosto de 2015, a área de ampliação do aterro sanitário de resíduos industriais permaneceu lacrada, sem operações de recebimento de lixo no local. Isso aconteceu em face de irregularidades na utilização da referida área de ampliação.
A Unidade de Valorização Sustentável Essencis promoveu as correções das irregularidades apontadas na representação da OSCIP AÇÃO AMBIENTAL a juíza Luciane Pereira Ramos, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de Curitiba.
Logo a seguir, a Essencis adquiriu a área de ampliação do aterro sanitário na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), e a Justiça do Paraná revogou o mandado da juíza da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de Curitiba.
Naquele ano de 2015, a referida área foi ocupada por integrantes de Movimentos Populares por Moradia, que denominaram o local por OCUPAÇÃO TIRADENTES.
A Essencis ingressou com pedido de reintegração de posse da área de ampliação do aterro sanitário industrial, ocupada hoje por 64 famílias.
Tudo tem seu tempo. A empresa perde dinheiro com a falta de ampliação de sua área para o recebimento de resíduos industriais, e as 64 famílias quando despejadas não terão onde morar. O impasse gera estresse em ambas as partes. E chega o final do ano de 2023 e as famílias aguardam que a Justiça do Paraná cumpra o despejo.
O poder público municipal de Curitiba poderia fazer uso de um dos vários empreendimentos habitacionais que concluíram recentemente na capital paranaense.
Prova de que não existe boa vontade da atual gestão a frente da Prefeitura de Curitiba, é de que até meados do ano de 2024 serão entregues mais de 2.000 unidades habitacionais na capital, e não há previsão de remover essas 64 famílias da OCUPAÇÃO TIRADENTES para essas casas ou apartamentos a serem concluídas pelo Município.
Cabe ainda considerar, que a Prefeitura de Curitiba através de sua Companhia de Habitação construiu o total de 30 unidades habitacionais na Vila Pompéia, distante 14 km do centro da cidade, numa velocidade extraordinária que dá inveja aos pilotos de Formula 1. Trinta casas foram entregues a trinta famílias que estavam ocupando irregularmente uma área onde estava previsto o alargamento de uma rua no bairro Tatuquara em Curitiba.
A OCUPAÇÃO DA VILA POMPÉIA serve de exemplo para a solução pacífica e digna das 64 famílias da OCUPAÇÃO TIRADENTES.