MPF no Paraná denuncia ex-dirigente da Petrobras por corrupção passiva e lavagem de dinheiro

MPF - Predio em Curitiba no Paraná

Movimentações ilegais de recursos recebidos de forma ilícita por aditivos contratuais chegam a R$ 400 mil

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou, na última terça-feira (06/07/2021), o ex-dirigente da Petrobras Glauco Colepicolo Legatti, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Os recursos dissimulados foram recebidos, direta e indiretamente, por meio de aditivos contratuais fraudulentos entre a estatal brasileira e a empreiteira Galvão Engenharia.

Legatti foi, entre junho de 2013 a junho de 20141, gerente-geral de Empreendimentos da Refinaria Abreu e Lima.

A denúncia do Núcleo Lava Jato no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Paraná – mostra que Legatti, recebeu, pelo menos, R$ 400 mil de Erton Medeiros Fonseca e Dario de Queiroz Galvão Filho, por intermédio do operador financeiro Shinko Nakandakari. Esse, utilizava-se de sua empresa de fachada, denominada LSFN Consultoria Engenharia Sociedade Simples, para emitir notas fiscais fraudulentas de serviços de consultoria e assessoria inexistentes, a fim de encobrir a ilicitude dos repasses.

O denunciado, em razão do cargo que ocupava, deixou de praticar e praticou atos com infração de seus deveres funcionais, caracterizando o crime de corrupção passiva. Além da condenação, o MPF pede o bloqueio de valor equivalente ao desviado – R$ 400 mil – e a condenação por danos morais de, no mínimo, o mesmo valor.

Legatti já responde por crimes em outras duas ações penais (nº 5017409-71.2018.4.04.70001 e nº 5023952-90.2018.404.70002). Fonseca e Queiroz Galvão Filho não foram denunciados, neste momento, pois já alcançaram a pena máxima prevista nos acordos de colaboração. Nakandakari faleceu.

Autos nº 5045654-87.2021.4.04.7000. Ministério Público Federal no Paraná. Assessoria de Comunicação

 

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