Moradores, cidadãos e cidadãs do município de Pirapora do Bom Jesus, em São Paulo, e demais localidades da região, expressam preocupação da população local e a total discordância com a proposta de instalação da empresa Ecoparque Pirapora Ambiental S.A, que tem por controlada a empresa Vital Engenharia Ambiental S.A., ambas do grupo Queiróz Galvão, de um aterro sanitário na cidade, que prevê o recebimento diário de aproximadamente 7.000 toneladas de lixo urbano por dia.
Nossa cidade que produz, segundo dados do Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Urbanos de 2021 da CETESB, o total de 13,62 toneladas de lixo por dia.
A implantação de um aterro dessa magnitude pode acarretar diversos impactos negativos à região, muitos já informados no estudo de impacto ambiental realizado pela própria ECOPARQUE PIRAPORA AMBIENTAL S/A, tais como:
- Riscos ambientais, como a contaminação do solo, prejuízo irreparável à vegetação nativa, avifauna, lençóis freáticos, área de preservação permanente, nascentes, corpos hídricos e especialmente do Rio Tietê que já causa vários danos para a população, devido aos agentes contaminantes provenientes da naturalidade do rio e também da espuma tóxica;
- Impactos na saúde pública, com aumento de vetores de doenças, roedores, animais peçonhentos, aves de grande porte que potencializam à ocorrência de acidentes aéreos, além de odores característicos da atividade que afeta a saúde respiratória da população ao entorno;
- Desvalorização imobiliária e prejuízos à economia local, que depende do turismo religioso e da tranquilidade do ambiente;
- Comprometimento da qualidade de vida dos moradores, com prejuízos diretos ao bem-estar da população.
- Impacto na estrutura viária da cidade e região, dado o volume e peso das carretas que circularão inclusive na área urbana no trecho de interligação entre as estradas envolvidas. Importante ressaltar que a Estrada Francisco Missé que conduz ao dito aterro não é pavimentada, margeando o Rio Tietê em toda a sua extensão e em razão da ausência de cavas laterais toda água proveniente da chuva é conduzida diretamente ao rio, abrindo valetas e causando erosões significativas próximo ao leito. Em resumo, a estrutura existente no local não suporta um trafego diário de aproximadamente 300 carretas, conforme projeto apresentado junto à CETESB.
Conforme exposto, a região é inadequada e a contaminação não será concentrada apenas a população local, seguirá por toda a extensão do rio, atingindo cidades vizinhas, como: Salto, Itu, Cabreúva, Porto Feliz, Tietê, entre outras.
Entendemos a importância da destinação correta dos resíduos sólidos, mas essa solução não pode ser implementada de forma imposta e sem amplo debate com a comunidade local e estudos de impacto ambiental amplamente divulgados e discutidos.
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