O BRASIL É ISSO AÍ?

Leitores do Blog Dinheiro Público passaram a enviar correspondências eletrônicas ao editor pedindo para atualizar a página, que desde julho de 2025 estava sem publicar matérias de interesse público.

Foram mais de dois meses sem que o editor se dedicasse a publicar matérias diárias sobre o meio ambiente, mercado de resíduos, licitações, contratos públicos e temas que interessam a coletividade.

Mas isso tem uma explicação. Aqui se publicam matérias com base em documentos públicos. E esses muitas vezes estão apensados em processos que devem ser lidos de ponta a ponta, capa a capa. Dá um trabalho enorme a pesquisa e a leitura. O editor há mais de 42 anos no mercado de resíduos e precisava de umas férias.

Nesse período de ausência de novas matérias, foram identificados mais de 154 processos no Brasil que são de interesse público. A pesquisa foi realizada pelo editor e equipe de advogados colaboradores. Um desses processos, traz inúmeras correspondências eletrônicas que envolvem uma eterna briga entre sócios de empresa de lixo. Mostram a relação de colaborador quando era funcionário público e continua sendo. Documento esse assinado por empresário. E que será motivo de pedido de afastamento do agente público. É um escândalo!!!

Segunda-feira, dia 13 de outubro de 2025, se terá conhecimento de fatos que são públicos e que permitiram licenciamentos ambientais de aterro sanitário contrariando determinação da Justiça, a qual proibiu a ampliação de empreendimento que não está sendo observada.

Falando em aterro sanitário, o prefeito do município de Fazenda Rio Grande no Paraná, foi preso hoje, quinta-feira (9), em operação que investiga desvio de R$ 10 milhões na saúde municipal.

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, na manhã desta quinta-feira (9), em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Entre os detidos estão o prefeito do município, Marco Antônio Marcondes Silva (PSD), e o atual secretário da fazenda municipal e ex-secretário de saúde, Francisco Roberto Barbosa.

Os mandados foram cumpridos contra pessoas investigadas por participarem de uma organização criminosa que, segundo o MP-PR, desviou cerca de R$ 10 milhões da verba de saúde dos cofres públicos de Fazenda Rio Grande.

Segundo as investigações, a organização atuava por meio de um modelo de contratação direcionada de empresa que fornecia serviços de testagem domiciliar (testes rápidos) e levantamento estatístico, usando essa estratégia para desviar recursos públicos com a participação de servidores públicos do alto escalão, mediante o pagamento de propina.

A investigação foi conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos (SubJur), e contou com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para o cumprimento dos mandados expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná.

A ação é parte da Operação Fake Care e investiga os crimes de corrupção ativa e passiva, contratação direta ilegal, peculato e lavagem dinheiro, por servidores públicos e particulares.

O Tribunal de Justiça também autorizou a realização de buscas e apreensões em diversos endereços, incluindo residências, gabinetes na prefeitura, sedes de escritórios, nos municípios de Curitiba e Fazenda Rio Grande.

Marco Marcondes tem 39 anos, é casado e pai de dois filhos. Ele é filiado ao Partido Social Democrático (PSD) e foi vereador em Fazenda Rio Grande entre 2016 e 2020.

Em 2020, foi eleito vice-prefeito na chapa de Dr. Nassib Hammad, em Fazenda Rio Grande. Em 2022, Marcondes assumiu a gestão municipal após a cassação do mandato de Dr. Nassib. Em 2024, foi reeleito com 46.759 votos e declarou um patrimônio de R$ 1.307.031,06.

O MPPR apura ainda a suspeita de superfaturamento em contratos firmados com secretarias de Saúde, e há indícios de que o esquema possa ter sido replicado em outras prefeituras. Os crimes investigados incluem organização criminosa, fraude em licitações e lavagem de dinheiro.

O prefeito Marco Antônio Marcondes Silva (PSD), de Fazenda Rio Grande, recebeu cópias de documentos que são estarrecedores, e que mostram 286 notas fiscais com informações falsas, emitidas em 2013, em nome de empresa que não existe desde 31/12/2012.

Até hoje, se desconhece que a prefeitura de Fazenda Rio Grande tenha aberto processo administrativo na gestão do prefeito Marco Antônio Marcondes Silva (PSD) para identificar quem emitiu as notas fiscais, em nome de empresa que não existe, tendo por tomadores de serviços municípios do Paraná, e centenas de empresas privadas. Corrigido hoje, o valor deve ultrapassar R$ 100 milhões de reais.

Em Fazenda Rio Grande está localizado o maior passivo ambiental do Paraná. Um aterro sanitário que é operado desde 01/11/2010 e que recebe mais de 2.500 toneladas de lixo diariamente de dezenas de municípios do Paraná e de Curitiba.

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