TÉCNICA EM QUÍMICA DE ÓRGÃO AMBIENTAL GAÚCHO ESTÁ HÁ 4 DIAS DESAPARECIDA NAS ÁGUAS DE RIO JACUÍ EM DONA FRANCISCA NO RS

Na última tarde de terça-feira (16/12/2025) uma funcionária do órgão ambiental estadual do Rio Grande do Sul, da Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler (Fepam), desapareceu nas águas do Rio Jacuí, no município de Dona Francisca, na região da Quarta Colônia.

Quarta Colônia de Imigração Italiana é uma região localizada no Rio Grande do Sul, na Mesorregião do Centro Oriental Rio-grandense, que foi o quarto centro de colonização italiana e o primeiro fora da Serra Gaúcha na então Província do Rio Grande do Sul.

A região da Quarta Colônia em Dona Francisca, no Rio Grande do Sul, faz parte de um território de imigração italiana no centro do RS, conhecido hoje como Geoparque Quarta Colônia, abrangendo nove municípios (Agudo, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Ivorá, Nova Palma, Pinhal Grande, Restinga Seca, São João do Polêsine, Silveira Martins). É rica em história, cultura (indígena, africana, europeia) e geologia, com sítios paleontológicos e paisagens naturais ligadas ao Rio Jacuí, sendo um importante polo de turismo cultural e natural.

O acidente com a técnica em química da Fepam ocorreu enquanto a profissional realizava atividades de coleta de amostras de água no Rio Jacuí, possivelmente para o sistema RS ÁGUA.

A servidora do estado do Rio Grande do Sul, Roberta dos Reis Costantin, de 21 anos, estava trabalhando no momento do acidente acompanhada por outros dois colegas no porto do município.

Durante o procedimento de coleta, ela teria caído no rio e sido rapidamente arrastada pela forte correnteza.

Assim que o alerta foi dado, o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul iniciou uma operação de busca e salvamento. Os trabalhos foram conduzidos pelo 4º Pelotão de Restinga Sêca, com o apoio fundamental dos Bombeiros Voluntários de Agudo. As equipes utilizaram embarcações e Jet skis (motos aquáticas) para percorrer o trecho do rio onde o incidente foi registado. Apesar do esforço intensivo a técnica não foi localizada até essa sexta-feira (19).

As circunstâncias exatas que levaram à queda estão sendo apuradas pelas autoridades competentes.

Fonte: https://www.turismo.rs.gov.br/turismo/municipio/chegar/108

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) é a principal responsável pela coordenação técnica do monitoramento da qualidade das águas superficiais no Estado do Rio Grande do Sul, por meio do sistema RS Água. Esse sistema constitui uma plataforma pública de gerenciamento, integração e disponibilização online de dados ambientais, com foco na qualidade das águas continentais.

No âmbito do RS Água, a Fepam realiza e consolida atividades relacionadas à implantação, manutenção e operação da rede estadual de monitoramento, incluindo a definição de pontos amostrais estratégicos em rios, arroios, lagos e reservatórios, a padronização metodológica das coletas e análises, e a validação técnica dos dados produzidos.

O sistema integra informações oriundas de diferentes atores institucionais que também executam monitoramento da qualidade da água, como a CORSAN/ Aegea (Corsan é parte do Grupo Aegea Saneamento), a Secretaria Estadual da Saúde, Prefeituras Municipais e Instituições de Ensino e Pesquisa, garantindo maior abrangência espacial e temporal dos dados.

Os parâmetros monitorados incluem variáveis físico-químicas, microbiológicas e, quando aplicável, biológicas, alinhadas às diretrizes da Resolução CONAMA nº 357/2005 e demais normativas vigentes. A FEPAM atua ainda na curadoria dos dados, assegurando consistência, rastreabilidade e comparabilidade histórica das informações, além de promover análises interpretativas voltadas ao enquadramento dos corpos hídricos, identificação de tendências, avaliação de impactos antrópicos e suporte aos processos de licenciamento ambiental e fiscalização.

O objetivo final do sistema RS Água é democratizar o acesso à informação ambiental, disponibilizando um banco de dados público e transparente que subsidie ações de planejamento territorial, gestão integrada dos recursos hídricos, formulação de políticas públicas e atividades de educação ambiental, fortalecendo o controle social e a tomada de decisão baseada em evidências.

Cuidados e procedimentos de segurança nas atividades de coleta de amostras.

Segundo o comandante da 1ª Companhia de Bombeiros Militares, capitão Hortêncio Costa Jr. que teria supostamente declarado “que a técnica em química da FEPAM vestia uma roupa pantaneira, impermeável, mas ela protege até a altura do peito. Possivelmente ela não utilizava colete e, quando se desequilibrou, essa roupa acabou auxiliando para que ela ficasse submersa e fosse levada pelo rio”.

Os servidores e técnicos envolvidos na coleta de amostras que alimentam o sistema RS Água, devem adotar rigorosos procedimentos de segurança, considerando tanto os riscos ambientais quanto ocupacionais associados às atividades de campo.

Entre os principais cuidados e procedimentos recomendados, destacam-se:

  1. Planejamento prévio das atividades de campo

Avaliação das condições hidrometeorológicas, acesso aos pontos amostrais, características do entorno (áreas urbanas, rurais ou industriais) e identificação prévia de riscos físicos, químicos e biológicos.

  1. Uso obrigatório de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs)

Incluindo, conforme o cenário, botas impermeáveis ou de segurança, luvas descartáveis ou nitrílicas, coletes salva-vidas em áreas profundas ou com correnteza, óculos de proteção, protetor solar e repelentes. Em áreas com possível contaminação, pode ser necessário o uso de máscaras ou aventais impermeáveis.

                                        Imagem ilustrativa

  1. Procedimentos seguros de acesso e permanência em campo

Evitar coletas em condições de cheias, enxurradas ou instabilidade de margens; atenção redobrada a terrenos escorregadios, animais peçonhentos e tráfego de embarcações ou veículos; realização das atividades, sempre que possível, em dupla ou equipe.

  1. Manuseio adequado de frascos, reagentes e amostras

Utilização de frascos apropriados, previamente higienizados e identificados; cuidado no uso de conservantes químicos; prevenção de derramamentos; acondicionamento correto das amostras em caixas térmicas, conforme protocolos analíticos.

  1. Higiene e biossegurança

Evitar contato direto com a água quando houver suspeita de contaminação; higienização das mãos e dos equipamentos após a coleta; descarte adequado de materiais contaminados, conforme normas ambientais e de saúde ocupacional.

  1. Registro e rastreabilidade das informações

Preenchimento correto de fichas de campo, registro de condições ambientais, horário, local e eventuais ocorrências atípicas, assegurando a confiabilidade dos dados e a segurança jurídica e técnica do processo de monitoramento.

O acidente com a técnica em química deve ser profundamente investigado. A suposta declaração do comandante da 1ª Companhia de Bombeiros Militares, capitão Hortêncio Costa Jr., de “que a técnica em química da Fepam vestia uma roupa pantaneira, impermeável, (mas ela protege até a altura do peito)Possivelmente ela não utilizava colete salva vidas e, quando se desequilibrou e caiu no rio, essa roupa acabou auxiliando para que ela ficasse submersa e fosse levada pelas correntezas lá existentes.

Isso por si só é gravíssimo e obriga a Fepam analisar os ditos rigorosos procedimentos de segurança, considerando tanto os riscos ambientais quanto ocupacionais associados às atividades de campo.

Há 4 dias a jovem técnica em Química está desaparecida nas águas do Rio Jacuí no Rio Grande do Sul. As buscas continuam.

É oportuno que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul acompanhe esse acidente, e esclareça se os rigorosos procedimentos de segurança, considerando tanto os riscos ambientais quanto ocupacionais associados às atividades de campo estão sendo cumpridos pela Fepam.

Esse órgão ambiental gaúcho tem sido destacado com sérios problemas também nos licenciamentos ambientais de aterros sanitários. Deputada Estadual do RS recebeu documentos que fazem prova de fortes indícios de ilícitos.

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